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sábado, 9 de fevereiro de 2013

UM TEXTO DE ÊNIO LINS - GAZETA DE ALAGOAS

EM 2013 COMPLETAM...

167, OU 145, OU MAIS OU MENOS, ANOS DO SÁBADO DE ZÉ PEREIRA

Na verdade, ninguém sabe direito a idade desta data, e a maioria das teses a respeito são suposições, quando não, invenções. A maioria dos pesquisadores aposta no surgimento dessa referência carnavalesca para meados do século 19; alguns apontam para o ano de 1846, outros 1848, mais alguém fala em 1850; 1852 também tem seus defensores. Mas é evidente a herança lusitana nessa invenção.

Como se não bastasse a ululante raiz do carnaval brasileiro remeter ao entrudo (tradicional folia pagã trazida pelos portugueses já nos primeiros anos da Colônia, no século 16) que, nas terras lusitanas já era brincado, inclusive com o uso de grandes bonecos, máscaras e tudo mais. A denominação entrudo já compreende um rol de brincadeiras de todo tipo e praticadas em quaisquer épocas do ano, sendo que, no Brasil, provavelmente a partir do século 18, essa pândega passou a se fixar no período carnavalesco.

As estórias imbrincadas na história do carnaval chegam a dedurar um “comerciante português” chamado José Pereira, ou mesmo José Nogueira de Azevedo Paredes, com negócios no Rio de Janeiro e que, folião juramentado, sairia às ruas já a partir da manhã do sábado, fazendo a maior arrelia com seu bumbo.

Há quem assegure que “Zé Pereira” seria apenas um ajuntamento folião do tipo “bloco de sujos” animado por rudimentar percussão (bumbos e tambores).

Enfim, polêmicas à parte, Zé Pereira faz aniversário hoje. E os pesquisadores são mais ou menos unânimes em garantir que seu hino é assim: “E viva o Zé Pereira/ Pois a ninguém faz mal/ E viva a bebedeira/ Nos dias de carnaval”. 

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