A interceptação de e-mails da ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, revela a longa relação de intimidade que ela manteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles se conheceram em 1993, no PT, e desde então se tornou uma aliada importante do político. A relação, no entanto, já gerou clima de mal-estar tanto na equipe de Lula como com a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia, como revela o jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, Marisa jamais escondeu que não gostava da assessora do marido. Durante 19 anos, o relacionamento de Lula e Rose se manteve oculto do público. Em Brasília, a agenda presidencial tornou a relação mais complicada. Quando a então primeira-dama Marisa Letícia não acompanhava o marido nas viagens internacionais, Rose integrava a comitiva oficial.
Segundo levantamento feito pelo jornal, tendo como base o Diário Oficial da União, Marisa não participou de nenhuma das viagens oficiais do ex-presidente das quais Rosemary esteve. Integrantes do corpo diplomático ouvidos pelo jornal, na condição de anonimato, afirmam que a presença dela sempre causou mal-estar dentro do Itamaraty. Na opinião deles, a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo não era necessária. Oficiais da Aeronáutica se preocupavam com o fato de que ela por vezes viajava no avião presidencial sem estar na lista oficial. Nessas viagens, seguranças que guardavam a porta da suíte presidencial nas missões fora do Brasil registravam ao superior imediato a presença da assessora. Lula chegou a receber de amigos reclamações dando conta de que ela tratava mal os funcionários. Procurado pela publicação, o porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, afirmou que o ex-presidente não faria comentários sobre assuntos particulares.
Operação Porto Seguro
Deflagrada em 23 de novembro de 2012, a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. As agências nacionais de Transportes Aquaviários (Antaq), de Águas (ANA), e de Aviação Civil (Anac), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o Ministério da Educação (MEC) estão entre os órgãos envolvidos na operação.
Deflagrada em 23 de novembro de 2012, a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. As agências nacionais de Transportes Aquaviários (Antaq), de Águas (ANA), e de Aviação Civil (Anac), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o Ministério da Educação (MEC) estão entre os órgãos envolvidos na operação.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Cruzeiro (SP), Dracena (SP), Santos (SP), São Paulo e Brasília. Dezoito pessoas foram indiciadas suspeitas de participação no esquema, entre elas a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, e o advogado-geral adjunto da União, José Weber de Holanda Alves.
As investigações apontam que os acusados cometeram crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, violação de sigilo funcional e formação de quadrilha. A presidente Dilma Rousseff determinou a exoneração ou afastamento de todos os servidores envolvidos.
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