Um neorrealismo criminoso em Alagoas
Por: EDITORIAL
Ladrões de bicicleta. Tempo houve em que era tão somente um belo filme italiano, marco do neorrealismo na Sétima Arte na direção genial de Vittorio de Sica. Neste fim de semana, esse dístico tomou um terrível e novo significado em Maceió.
O neorrealismo social alagoano se expressou no covarde assassinato do médico José Alfredo Vasco Tenório, alvejado pelas costas, para ser despojado de sua velha bicicleta, ainda sob o sol da tarde de sábado, numa das áreas mais movimentadas da orla da capital alagoana.
Não havia completado ainda 17 horas quando a bala o alcançou. Em seguida, post mortem, o poder público fez-se presente pelas equipes de socorro e do IML. Quase instantaneamente, as imagens colhidas por agentes públicos, parte dos procedimentos policiais, foram repassadas para um site privado, especializado em fotos mórbidas. Aí se encerrou a “eficiência” estatal. A partir daí, tudo o mais foi lentidão e procrastinação nos procedimentos.
A polícia nada sabe, nada viu, embora “esteja se empenhando”. Todos sabem, e há muito tempo, que aquela área destinada ao lazer foi convertida em ponto para venda de drogas e local de “campana” para bandidos de toda ordem. A beleza do local e seu posicionamento estratégico fazem com que os maceioenses insistam em transitar por lá. Frente à leniência de quem deveria prezar pela segurança pública, foram se acostumando ao perigo, sublimando-o. E a primeira tragédia fatal ocorreu, conforme anunciado.
E agora? O que o poder público pensa em fazer, depois desse assassinato, no que deveria ser uma área de paz, lazer e entretenimento? Note-se que o Corredor Vera Arruda é o único equipamento urbano deste nível em toda a orla de Maceió – o que lhe confere destaque óbvio no mapeamento das quadrilhas de traficantes, ladrões e proxenetas, interessadas em posicionar-se em meio a um fluxo de grande intensidade de público. Infelizmente, este mesmo destaque não faz parte do agendamento urbano das forças policiais alagoanas.
Será que amanhã será outro dia para o Corredor Vera Arruda?
O neorrealismo social alagoano se expressou no covarde assassinato do médico José Alfredo Vasco Tenório, alvejado pelas costas, para ser despojado de sua velha bicicleta, ainda sob o sol da tarde de sábado, numa das áreas mais movimentadas da orla da capital alagoana.
Não havia completado ainda 17 horas quando a bala o alcançou. Em seguida, post mortem, o poder público fez-se presente pelas equipes de socorro e do IML. Quase instantaneamente, as imagens colhidas por agentes públicos, parte dos procedimentos policiais, foram repassadas para um site privado, especializado em fotos mórbidas. Aí se encerrou a “eficiência” estatal. A partir daí, tudo o mais foi lentidão e procrastinação nos procedimentos.
A polícia nada sabe, nada viu, embora “esteja se empenhando”. Todos sabem, e há muito tempo, que aquela área destinada ao lazer foi convertida em ponto para venda de drogas e local de “campana” para bandidos de toda ordem. A beleza do local e seu posicionamento estratégico fazem com que os maceioenses insistam em transitar por lá. Frente à leniência de quem deveria prezar pela segurança pública, foram se acostumando ao perigo, sublimando-o. E a primeira tragédia fatal ocorreu, conforme anunciado.
E agora? O que o poder público pensa em fazer, depois desse assassinato, no que deveria ser uma área de paz, lazer e entretenimento? Note-se que o Corredor Vera Arruda é o único equipamento urbano deste nível em toda a orla de Maceió – o que lhe confere destaque óbvio no mapeamento das quadrilhas de traficantes, ladrões e proxenetas, interessadas em posicionar-se em meio a um fluxo de grande intensidade de público. Infelizmente, este mesmo destaque não faz parte do agendamento urbano das forças policiais alagoanas.
Será que amanhã será outro dia para o Corredor Vera Arruda?
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