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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

UM POEMA DE CLEIDE VANDERLEY


 DEPOIS DO ENTARDECER


Nessas ruas silenciosas
Adormecidas...
De lua negra e estrelas perdidas...

De bêbados caídos como homens e cães perdidos como lobos,
Perdemos...
Perdemos a sombra dos homens
Em uma noite esquecida.

E a resta dos lobos caminha entre nós
Remorsos, saudades, despedidas... Tudo que não tem medidas.

Quando se sombreia a Terra e a luz foge da escuridão
Todas as ruas ficam parecidas
Se nelas dorme uma sombra perdida.

                                                                   

                                                     Cleide Vanderley

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