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sábado, 2 de julho de 2011

JB - DIA 1 e 2 DE JULHO NA HISTÓRIA

2 de julho de 1923 - O centenário da liberdade baiana

Primeira página do Jornal do Brasil: Domingo, 1º de julho de 1923
"E eis que a data de que hoje se comemora o centenário da integração de nossa independência.

Ela representa a soma maior de esforços que os brasileiros precisaram empregar para a obtenção da autonomia.

Foram filhos bem amados todos os que por ela pelejaram e venceram
".
Jornal do Brasil

Quando o grito de D. Pedro I às margens do Rio Ipiranga ecoou proclamando a independência do Brasil, a Província da Bahia já se encontrava há meses de armas nas mãos lutando contra o domínio de Portugal, motivada pelo desejo federalista de emancipação. O conflito se prolongaria por mais um ano, até que as últimas tropas do Exército Colonial Português fossem expulsas do território baiano, consolidando assim a nossa independência territorial.

O potencial econômico do açúcar e do tabaco fizeram do Recôncavo Baiano, principalmente da Vila de Cachoeira, uma próspera região da Província, inspirando fortes ideais de liberdade em seu povo. A vontade coletiva culminou num ataque direto contra a capital, Salvador, então ocupada pelas tropas do Exército Português. Foram sucessivos embates e conflitos sangrentos. As hostilidades se intensificaram com a notícia da proclamação da independência vinda de São Paulo, o que inflamou os ânimos nacionalistas. Com o apoio do novo governo brasileiro, que despachou da Corte navios conduzindo tropas e suprimentos, o efetivo baiano ganhou corpo, e recebeu a adesão de outros efetivos e de voluntários. A manobra de reunião de forças, aliada ao bloqueio naval e terrestre de Salvador, tornou a posição do Exército Português insustentável. Impedido o seu suprimento, os portugueses foram forçados a capitular, abandonando a cidade. Era o triunfo nacional.

Três exemplos heróicos de determinação
Entre tantos anônimos determinados a lutar pela emancipação nacional, três mulheres se projetaram na guerra pela independência. Sóror Joana Angélica dirigia o Convento da Lapa e morreu assassinada a golpes de baioneta tentando impedir a passagem dos portugueses pelo local. Maria Quitéria, disfarçada de Soldado Medeiros, lutou como voluntária no Batalhão Voluntários do Príncipe, o Periquito. E Maria Felipa de Oliveira, negra, alta, corpulenta, liderou a resistência popular à invasão da Ilha de Itaparica. A ela é creditada o comando na queima de 42 embarcações da frota portuguesa na Praia do Convento.

1º de julho de 1946 - Explode a primeira bomba atômica no Atol de Bikini

A primeira explosão no Atol Bikini. Jornal do Brasil: Terça-feira, 2 de julho de 1946.
"A Super Fortaleza B-29 que conduziu a bomba atômica para a experiência da encruzilhada levantou vôo sem qualquer contratempo loga às primeiras horas de hoje afim de atirar a bomba sobre a esquadra cobaia ancorada no atol de Bikini... Pouco depois do bombardeio gigantesco levantar vôo, o major Harold Wood - o bombardeador, declarou que esperava que acertar um impacto direto sobre o Nevada. Quando interrogado sobre se errasse o alvo, o major Wood respondeu apenas: Terei que procurar outro emprego". Jornal do Brasil

Numa manhã de segunda-feira de sol, o Atol Bikini, um arquipélago localizado no Oceano Pacífico, onde seus moradores consumiam peixe, frutos do mar, bananas e cocos, experimentava seu primeiro bombardeio nuclear. A quarta bomba atômica de que o mundo tinha conhecimento explodiu com um fulgor irradiante e multicolorido sobre a esquadra de setenta e três velhos navios de guerra, entre eles o encouraçado Nevada. Além da espessa nuvem esférica rosada, que logo assumiu o formato de um cogumelo e se prolongou céu acima num raio superio a 10 mil metros, os espectadores puderam conferir o incêndio a bordo dos alvos. Não houve onda excessiva de calor, nem terremoto. O cenário natural manteve-se intacto.

A Marinha americana qualificou o bombardeio como um conjunto de operações bem planejadas e executadas. O único senão da experiência foi a perda de um avião controlado pelo rádio que saiu do controle antes da bomba ser lançada. Não houve mortos nem feridos. Apenas um receio sobre os riscos de contaminação do pessoal exposto aos efeitos da radioatividade. Nada, entretanto, que pudesse impedir a sua execução.

Entre 1946 e 1958, 23 dispositivos nucleares foram detonados no Atol do Bikini. Os verdadeiros impactos desta experiência só seriam revelados ao mundo anos mais tarde, advindos principalmente pelo consumo dos produtos locais.

Em 2010, o Atol Bikini foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

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