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sábado, 2 de julho de 2011

DEU NO JORNAL DA BESTA FUBANA. "UM QUE TEM VERGONHA"

Seis anos após o escândalo do mensalão, Vladimir Palmeira deixou o partido que ajudou a fundar há 30 anos. Em carta de desligamento entregue ao diretório municipal do PT no Rio publicada ontem em seu site, Vladimir, figura histórica da esquerda e lembrado como líder da Passeata dos Cem Mil no regime militar, diz que a razão para sua saída é a volta ao partido de Delúbio Soares, que era tesoureiro do PT no mensalão.
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Coitado de Vladimir, um ícone da esquerda brasileira, um símbolo da resistência à ditadura militar e o principal líder do movimento estudantil dos anos 60… Vai ser apedrejado pelos comentaristas lulo-fubânicos…
Como é de amplo conhecimento, Lapa de Mentiroso já decretou que o Mensalão nunca existiu e que não passou de uma “tentativa de golpe” contra o seu governo.
Entre a palavra do ex-petista arrependido e a palavra de Lapa de Acoitador, alguém tem dúvidas sobre de que lado está a verdade???!!!
Vejam, a seguir, imagens de Vladimir Palmeira em dois momentos:
vladimir_1966_o_massacre_da_praia_vermelha
Liderando o Movimento Estudantil, em 1966..
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…e em 1987, posando ao lado da turma que, menos de 20 anos depois, protagonizaria a maior fraude da história política do Brasil (Da esquerda para a direita: Jair Meneguelli, Marcelo Déda, Olívio Dutra, Paulo Delgado, Lula, Vladimir Palmeira e José Dirceu, o “chefe da sofisticada quadrilha”…
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Vladimir afirmou que o retorno de Delúbio mostra que sua expulsão foi “só um remendo”, e que o PT tem atualmente “problemas éticos e orgânicos”.
— Um partido não pode funcionar se as pessoas que estão nele podem fazer o que querem — disse, destacando que a volta de Delúbio afeta a credibilidade de quem defendeu o PT.
— Fui um dos que mais se expuseram defendendo o partido, pois isso afeta sua credibilidade. Se você fica dizendo uma coisa que depois não acontece… Passamos dois anos indo à TV dizer que o partido punia. Agora, é quase como dizer que não deveríamos tê-lo expulsado. O que houve então foi suspensão, não expulsão; venderam um peixe à opinião pública que não era verdadeiro. Dá a entender que a expulsão foi só um remendo e reflete problemas não só éticos, mas orgânicos do partido.
Na carta de desligamento, Vladimir diz que não está saindo por “divergências políticas fundamentais”, mas porque “a volta ao partido de Delúbio Soares, justamente expulso no ano de 2005, me impede de continuar nele. Pela questão moral, pela questão política, pela questão orgânica”.
Na carta, destaca: “é evidente que houve corrupção. Não se pode acreditar que um empresário qualquer começasse a distribuir dinheiro grátis para o partido. Exigiria retribuição, em que esfera fosse. O procurador federal alega que são recursos oriundos de empresas públicas, sendo matéria agora do STF. Mas alguma retribuição seria, ou a ordem do sistema capitalista estaria virada pelo avesso”.
Ainda na carta, o ex-deputado federal — que diz ter preferido esperar a crise com o ex-ministro Antonio Palocci passar para comunicar a saída — afirma que “o ex-tesoureiro não só agiu ilegalmente com relação à sociedade, mas violou todas as normas de convivência partidária, ao agir à revelia da Executiva Nacional e do Diretório Nacional. A volta de Delúbio faz com que todos se pareçam iguais e que, absolvendo-o, o Diretório Nacional esteja, de fato, se absolvendo. Ou, mais propriamente, se condenando”.
Afirmando que não há chance de voltar ao PT, Vladimir — que antes de comunicar a saída conversou com petistas, mas preferiu não revelar com quem — diz que não pensa em ir para outra sigla, “só em dar aula e escrever na internet”:
— Sempre fui um ser partidário. Agora não penso em nada. Uma vez na vida não faz mal.

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