Delegado joga o próprio carro contra veículo que o "trancava" em estacionamento

C3 ficou com a lateral destruída após colisões com a Ranger

A disputa por uma vaga de estacionamento por pouco não termina em tragédia na noite dessa quarta-feira (24), na Ponta Verde. Após ter o veículo “trancado” por um outro em frente à padaria Alteza, o delegado e ex-vereador João Mendes se irritou, deu ré e bateu três vezes com o próprio carro no Citroen C3 de uma empresária.

Segundo a mulher, que pede para não ser identificada, João Mendes não teria respeitado o sinal de que ela tinha a intenção de estacionar na vaga desocupada em frente à padaria. “Ele ignorou o pisca-alerta e simplesmente avançou com a caminhonete dele para cima da vaga. Fiquei irritada com esse desrespeito e parei meu carro logo atrás do dele, para que eu também pudesse comprar pão”, explica.

Ainda segundo a empresária, minutos após entrar no estabelecimento, ela começou a ouvir gritos de outros clientes pedindo para alguém não bater num veículo parado no local: era João Mendes dando a primeira ré na caminhonete e partindo para cima do C3.

“Fiquei desesperada na hora, pedindo para que ele não fizesse aquilo. A minha mãe, que já é uma senhora de idade, ainda se agarrou à porta do carro dele e implorou para que parasse, mas não adiantava. Ele só gritava que era delegado, uma autoridade, e só parou depois que conseguiu abrir espaço suficiente para sair com a Ranger”, conta a empresária.

O carro dela teve a lateral parcialmente destruída: as duas portas do lado do passageiro e mais o vidro ficaram bastante danificados.

“Fui desafiado”

Procurado pela reportagem do Tudo na Hora, o delegado João Mendes disse que se sentiu desafiado pela motorista. “Ela usou o carro para me prender, para me desafiar. Então eu usei o meu para me defender. Em um desafio você é homem ou não é”, disse ele. “Eu não podia ter o meu veículo preso, a mercê de uma mulher desaforada e que dá faniquitos, porque sou delegado e também já fui secretário de segurança pública. Por conta do cargo que tenho, e se eu precisasse sair dali rápido?”, desculpa-se o delegado.