terça-feira, 5 de maio de 2015

Idosos são 9 em cada 10 mortos por dengue no país.UOL

Nove em cada dez mortos pela dengue neste ano no Estado de São Paulo eram pessoas com 60 anos ou mais –das quais 75% tinham algum tipo de doença preexistente.
O perfil foi mapeado pela Folha com informações de 130 dos 169 óbitos registrados –recorde desde 2010, quando houve 141 mortes, conforme balanço desta segunda (4) do Ministério da Saúde.
Na prática, embora representem perto de 12% da população paulista, os idosos são 87% das vítimas da dengue.
Editoria de arte/Folhapress
O número de mortos é a segunda marca negativa gerada por São Paulo durante a epidemia em 2015. O Estado também registrou recorde histórico de casos de dengue, com 222 mil confirmações.
O levantamento feito pela reportagem nos municípios indica que, em média, as pessoas ficaram uma semana internadas antes de morrer.
O infectologista Esper Kallas, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), diz que alguns fatores são determinantes para uma morte por dengue –idosos são as principais vítimas porque, na prática, estão mais sujeitos a esses agravantes.
Entre eles estão as condições gerais de saúde da pessoa e a falta de diagnóstico rápido da doença e de medidas de atenção ao doente, além do sorotipo do vírus que a contaminou e a quantidade de vezes que ela foi infectada.
"A chance de um adulto saudável, que recebeu os cuidados necessários prontamente, morrer de dengue é muito pequena. A doença vai ser mais letal em um senhor com 78 anos, que tenha asma, ou em um recém-nascido desnutrido", diz Kallas.

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