terça-feira, 12 de maio de 2015

Grupo de Renan aguarda deslize de Fachin para justificar eventual rejeição - PAINEL - FOLHA

Curva perigosa Criado um ambiente hostil a Luiz Edson Fachin, o grupo de Renan Calheiros (PMDB-AL) alerta que não terá como trabalhar por sua aprovação ao Supremo caso ele cometa algum deslize na sabatina desta terça-feira no Senado. Peemedebistas argumentam que, se o indicado por Dilma Rousseff derrapar nas explicações sobre suas posições em relação à propriedade privada, por exemplo, não farão esforço para impedir que seu nome seja rejeitado na votação secreta em plenário.
Canhão Interlocutores do governo ponderam que não há fatos relevantes que possam levar à rejeição do advogado, mas admitem que um desempenho claudicante pode prejudicar o candidato.
Ciranda Um aliado de Dilma provoca: “Você acha que, se o Senado rejeitá-lo, ela vai consultar Renan antes de indicar o seguinte? Nada disso. Nem que haja uma sequência infinita de rejeições”.
Sem pressa? No avião presidencial com Dilma, ministros e senadores, Renan não quis se comprometer com uma data para a votação do nome de Fachin no plenário. Disse que o dia seria escolhido após discussão com líderes partidários.
Frequência Sem apresentar restrições ao jurista, o presidente do Senado lembrou que esteve quatro vezes com o indicado de Dilma ao Supremo nas últimas semanas.
Plateia Observadores apontam que a estratégia de Fachin de se defender nas redes sociais confirma a tese de que sua indicação é um aceno do governo às bases do PT. A campanha pública teria impacto entre eleitores, mas não entre os senadores.
No ninho Beto Richa (PSDB) vai acompanhar Fachin pessoalmente na sabatina. O governador voltou a procurar tucanos para convencê-los a apoiar o indicado.
Cabo eleitoral Além de ter apoiado Dilma em 2010, Fachin gravou no ano passado um vídeo para Diogo Busse, candidato a deputado estadual no Paraná pelo PPS. Busse, que não conseguiu se eleger, foi seu aluno na UFPR.
Acostamento Até Ricardo Lewandowski entrou na campanha pró-Fachin. Na última semana, no Congresso, disse que a rejeição desgastaria todo o STF e atrasaria ainda mais ações paradas desde a saída de Joaquim Barbosa.

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