sábado, 16 de maio de 2015

"Descobri peças em que me reconheço", diz Laerte sobre moda transgênero - UOL

  • "Quando me olho no espelho não vejo um corpo biologicamente feminino, mas me reconheço como mulher", diz Laerte
    "Quando me olho no espelho não vejo um corpo biologicamente feminino, mas me reconheço como mulher", diz Laerte
"Às vezes, um cara tem que se montar, ué?", disse o personagem das tirinhas Hugo Baracchini, após passar batom, depilar-se e colocar uma peruca. Mais do que um simples e genial quadrinho de Laerte, foi a partir dele que o cartunista passou a perceber que era transgênero.
Posicionando-se como a Laerte --sempre gostou do nome Sônia, mas acabou nunca alterando o que fora registrado pelos pais na certidão de nascimento--, ela foi descobrindo as peculiaridades e complexidades do universo feminino. Dos looks mais discretos de anos atrás ao atual cabelo loiro, Laerte foi não só percebendo o que lhe agrada e fica bem em seu corpo, mas, acima de tudo, o que lhe confere uma identificação genuína.

"O meu estilo mudou? O seu também, não?", brinca a cartunista, em entrevista ao UOL Moda. "As transformações visuais não estão associadas, necessariamente, às questões de gênero, mas a como a pessoa se vê em tal fase da vida", acredita. "No começo, eu ousava menos porque ainda me sentia um pouco desconfortável com a ideia do que estava acontecendo. Estava tímida e insegura. Com o tempo, passei a descobrir com o que me reconheço e a entender meu corpo sob um ponto de vista transgênero."

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