- "Quando me olho no espelho não vejo um corpo biologicamente feminino, mas me reconheço como mulher", diz Laerte
"Às vezes, um cara tem que se montar, ué?", disse o personagem das tirinhas Hugo Baracchini, após passar batom, depilar-se e colocar uma peruca. Mais do que um simples e genial quadrinho de Laerte, foi a partir dele que o cartunista passou a perceber que era transgênero.
Posicionando-se como a Laerte --sempre gostou do nome Sônia, mas acabou nunca alterando o que fora registrado pelos pais na certidão de nascimento--, ela foi descobrindo as peculiaridades e complexidades do universo feminino. Dos looks mais discretos de anos atrás ao atual cabelo loiro, Laerte foi não só percebendo o que lhe agrada e fica bem em seu corpo, mas, acima de tudo, o que lhe confere uma identificação genuína.
"O meu estilo mudou? O seu também, não?", brinca a cartunista, em entrevista ao UOL Moda. "As transformações visuais não estão associadas, necessariamente, às questões de gênero, mas a como a pessoa se vê em tal fase da vida", acredita. "No começo, eu ousava menos porque ainda me sentia um pouco desconfortável com a ideia do que estava acontecendo. Estava tímida e insegura. Com o tempo, passei a descobrir com o que me reconheço e a entender meu corpo sob um ponto de vista transgênero."
"O meu estilo mudou? O seu também, não?", brinca a cartunista, em entrevista ao UOL Moda. "As transformações visuais não estão associadas, necessariamente, às questões de gênero, mas a como a pessoa se vê em tal fase da vida", acredita. "No começo, eu ousava menos porque ainda me sentia um pouco desconfortável com a ideia do que estava acontecendo. Estava tímida e insegura. Com o tempo, passei a descobrir com o que me reconheço e a entender meu corpo sob um ponto de vista transgênero."
Nenhum comentário:
Postar um comentário